Na primeira consulta o médico deve conversar sobre todo o histórico e antecedentes da mulher, incluindo problemas de saúde, cirurgias prévias, gestações anteriores, doenças na família e medicações em uso.
“DEPOIS DE O TESTE DAR POSITIVO, QUANDO DEVO IR AO MÉDICO?”
Não é preciso ir a correr ao médico assim que descobre que está grávida, mas convém ir entre as sete e as oito semanas de gravidez. O tempo de gestação começa-se a contar a partir da data da última menstruação. O que quer dizer que quando falta o período já se está com um mês de gravidez.
“PARA QUE SERVE O BOLETIM DE SAÚDE DA GRÁVIDA?”
Uma das primeiras coisas a fazer nesta consulta é preencher o Boletim de Saúde de Grávida. A partir deste dia, nunca mais deverá largar este caderno verde, pois nele estará toda a informação sobre a sua gravidez. Leve-o consigo sempre que for a qualquer consulta médica ou à urgência. E não se esqueça de levá-lo no dia do parto. Dados pessoais, história familiar, antecedentes pessoais e obstétricos, resultados das análises e evolução da gravidez. Tudo ficará aqui registrado. Após o parto guarde-o, é uma bela recordação da gravidez e será útil para uma próxima.
“É MUITO CEDO PARA FALAR DO PARTO?”
“Creio que é mais sensato em cada etapa ir falando dos aspectos particulares que estão a decorrer ou prestes a ocorrer”, defende Celina Pires Rosa. Eugénia Chaveiro concorda: “Respondo às perguntas que me fizerem sobre o parto, mas na primeira consulta não é habitual o parto estar entre as preocupações das mulheres. Têm outras mais a curto prazo”. Assim, é natural que o médico não puxe por esse tema. Mas não deixe as suas dúvidas por esclarecer. Se o parto for já uma preocupação, introduza-o na conversa.
“VOU SABER SE SOU UMA GRÁVIDA DE RISCO?”
Sim. “Nesta primeira consulta é avaliado o risco pré-natal, usando uma escala padronizada (designada por tabela de Goodwin modificada). Para o cálculo deste risco são valorizados aspectos como a idade materna, os antecedentes obstétricos, as doenças crónicas da mulher. O somatório das diversas valorações dá-nos um número que permite classificar a gravidez como sendo de baixo, médio ou alto risco”, explica Celina Pires Rosa.
Com o acompanhamento correto e confiança mútua é possível ter uma gestação e um parto tranquilos com mãe e bebê saudáveis.