Em enquete realizada, apenas 35% dos leitores afirmaram usar o dispositivo sempre. Você usa?
Embora seja obrigatório o uso da cadeirinha infantil em veículos para crianças até 7 anos e meio, algumas pessoas insistem em transportá-las fora do dispositivo, que é a única forma eficiente de protegê-las caso haja um acidente. Em enquete realizada no Facebook de CRESCER, perguntamos aos leitores: “Por qual desses motivos você deixa ou já deixou de usar a cadeirinha na hora de transportar seu filho no carro?” Embora 35% dos entrevistados tenham respondido que nunca deixam de usar, outros 65% já a dispensaram por diversos motivos, o que é preocupante. Afinal, o Brasil é campeão de acidentes de trânsito e muitas crianças se tornam vítimas fatais – os dados mais recentes são de 2014 e apontam que, naquele ano, 1.654 crianças faleceram, segundo a Organização Mundial das Nações Unidas. “Além de ser uma lei, o uso da cadeirinha é a única maneira de garantir a segurança do bebê e da criança, com 71% de potencial de evitar a morte. É preciso pensar que, ao dirigir com os filhos, você está transportando uma vida. Qualquer batida ou freada mais brusca pode machucar gravemente a criança, que ainda tem o corpo frágil”, defende Gabriela Guida de Freitas, coordenadora nacional da ONG Criança Segura.
Conheça os principais motivos que levam os pais a dispensar o uso da cadeirinha, em enquete realizada por CRESCER:
27% – “Ele chora muito”
Sabemos que não é fácil resistir à vontade de tirar a criança da cadeirinha para acalmá-la. Mas é preciso ser firme, senão a adaptação será cada vez mais difícil. “O ideal é acostumá-la desde cedo, assim ela entende que andar de carro significa ir na cadeirinha. É uma questão de hábito e criança aprende rápido. Não pode haver exceção, pois se trata da segurança do seu filho”, completa Gabriela. Em primeiro lugar, certifique-se de que o modelo do bebê conforto ou cadeirinha é o adequado para o tamanho da criança. Tudo ok? Então, enquanto o bebê não se acostuma com o dispositivo, vale colocar em prática algumas das dicas a seguir para que ele, ao menos, se distraia e se sinta confortável durante o trajeto:
– Tenha sempre no carro alguns brinquedos de que ele goste e que sejam seguros. Vale variar o objeto para que a criança fique entretida;
– Monte uma playlist com músicas que o acalmam para tocar no carro ou, então, cante para ele;
– Converse com o bebê. Chame sua atenção para a paisagem e objetos ao seu redor;
– Conte uma história que prenda sua atenção. Por menor que ele seja, ouvir sua voz irá tranquilizá-lo;
– Prenda um DVD portátil ou tablet no encosto do banco da frente para que ele assista ao desenho que mais goste;
– Coloque um espelho retrovisor (há opções com molduras divertidas e coloridas) no banco em que o bebê conforto ou cadeirinha está instalado. Assim, ele consegue enxergar você e se sente mais seguro;
– Quando tiver mais um adulto no carro, peça para que ele sente-se ao lado do bebê. Se possível, vá você;
– Use ajustes de pescoço para evitar que a cabeça do bebê penda para o lado, assim ele se sente mais “protegido”.
17% – “Tenho medo de sofrer um assalto e não conseguir tirar o bebê”
Sim, a violência nas cidades nos assusta e faz com que fiquemos em alerta o tempo todo. Por mais que esteja previsto em lei e seja altamente recomendado, muitas mães preferem correr o risco de um acidente ao enfrentar a possibilidade de não conseguir tirar a criança da cadeirinha em caso de assalto. “Sim, é um medo real e compreensível, mas é importante ter em mente que estamos mais propensos a sofrer um acidente do que ser assaltado. Fora da cadeira o bebê está 100% vulnerável, o tempo todo”, diz a coordenadora da Criança Segura. Uma dica para que você se sinta mais tranquila é pedir que alguém vá no carro com vocês, quando for possível. Em caso de assalto, ter alguém no banco de trás pode acelerar a retirada do bebê da cadeirinha ou bebê conforto.
9% – “Troquei de carro e esqueci a cadeirinha”
Não pode ter preguiça ou pressa quando o assunto é a segurança da criança. Vai deixar o veículo na garagem? Leve a cadeirinha junto, mesmo se for pegar uma carona, andar de táxi ou de uber. Sim, sabemos que é um incômodo carregar a cadeirinha pra lá e pra cá, mas, nesse caso, não há o que fazer: lembre-se de que você está protegendo seu filho. “O trânsito tem uma série de interações que não dependem apenas de você, mas também de outros motoristas. É preciso se precaver”, diz Gabriela. Uma saída é instalar uma cadeirinha em cada um dos carros utilizados pela família. Sim, é um investimento alto, mas elimina a possibilidade de um dos pais se esquecer dela. Entre os comentários da enquete, surgiu a questão de levar a criança solta ou no colo em trajetos curtos. Saiba que grande parte dos acidentes de trânsito acontecem perto de casa, pois o motorista se sente mais seguro e relaxado por conhecer o território. Ou seja: cadeirinha sempre!
3% – “Não tenho cadeirinha”
“Com a cadeirinha, você tem o tem o poder de salvar a vida de uma criança. Sem ela, não há nada que você possa fazer”, diz Gabriela. Sem dúvida se trata de um gasto alto, mas hoje há opções a partir de 200 reais – antes de comprar, verifique se tem o selo de controle do Inmetro, obrigatório desde abril de 2009. A certificação garante que o produto atende aos requisitos mínimos de segurança previstos em norma. Uma alternativa é pedir a cadeirinha emprestada ou comprar uma usada de quem não precisa mais. Nesse caso, é importante saber a procedência, pois o dispositivo não pode ser reutilizado caso o veículo já tenha sido batido.
Não saio sem cadeirinha e não levo criança de carona sem o dispositivo, nunca jamais.Pode implorar não rola.mesmo nem.em.pequenas distância, cadeirinha sempre desde a saída da maternidade.
Tu meu filho na cadeirinha Pois é mais seguro e bem melhor para ele