A assimetria craniana em bebês é um problema que pode ter consequências graves se não for detectado e tratado precocemente. Afinal, no delicado mundo das crianças em desenvolvimento, preocupações com a saúde são sempre motivo de alarme para os pais.
É fundamental conhecer e estar atento a essa condição, pois o conhecimento precoce pode desempenhar um papel crucial no desenvolvimento saudável do seu bebê, prevenindo complicações futuras e proporcionando-lhe uma melhor qualidade de vida ao cuidar da moleira do pequeno.
Confira, no blog da ABC Design Brasil, o que é essa doença, suas causas e como identificar.
Boa leitura!
O que é assimetria craniana e quais são suas causas?
A assimetria craniana em bebês é uma condição na qual ocorre uma deformidade e desigualdade na forma ou no tamanho do crânio do pequeno.
Existem várias razões que podem levar ao desenvolvimento dessa condição. Durante a gestação, se o bebê mexer pouco no útero, pode ficar por mais tempo em uma posição que pode exercer pressão desigual sobre o crânio em desenvolvimento. Essa pressão por longos períodos em uma área específica da cabeça pode promover a assimetria craniana.
O problema pode ser desenvolvido também após o nascimento, com o posicionamento durante o sono também podendo desempenhar um papel no desenvolvimento dessa condição.
Colocar o bebê repetidamente na mesma posição para dormir, como sempre virado para o mesmo lado, pode resultar em pressão constante em uma área do crânio e provocar mudanças no seu formato.
Outras possíveis causas da assimetria craniana em bebês já após o nascimento são o uso prolongado de dispositivos mal ajustados — como cadeiras de carro, cadeirinhas de balanço ou carrinhos de bebê que não sejam ideais — e questões de saúde como o torcicolo congênito e síndromes craniofaciais transmitidas na genética e que podem se desenvolver com o tempo.
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Tipos de assimetria craniana
Existem diferentes tipos de assimetria craniana, cada um caracterizado por sua localização e características específicas. Alguns dos tipos mais comuns de assimetria craniana em bebês incluem:
- Plagiocefalia: é caracterizada por uma assimetria diagonal do crânio, resultando em uma forma achatada em uma das partes do crânio. Pode afetar uma das orelhas, testa ou parte de trás da cabeça;
- Braquicefalia: nesse caso, ocorre uma assimetria generalizada do crânio, resultando em uma forma mais curta e larga. O topo da cabeça pode parecer achatado e a testa pode ser mais proeminente;
- Escafocefalia: caracterizada por uma assimetria vertical do crânio, resultando em uma forma alongada e estreita. A cabeça pode parecer alta e estreita na parte de trás;
- Trigonocefalia: nessa condição, ocorre uma assimetria na região frontal do crânio, resultando em uma testa assimétrica, muitas vezes com uma protuberância na região central;
- Assimetria facial: além da assimetria craniana, pode haver assimetria na face, com características faciais, como olhos, orelhas e, até mesmo, a mandíbula, desalinhadas ou desproporcionais;
Esses são alguns dos tipos mais comuns de assimetria craniana em bebês e cada caso pode apresentar determinadas variações individuais. O diagnóstico preciso do tipo de assimetria é essencial para determinar o tratamento adequado e o acompanhamento necessário para garantir o seu desenvolvimento saudável da criança.
Como identificar assimetria craniana?
A identificação da assimetria pode ser feita por meio da observação cuidadosa do formato e da aparência da cabeça do bebê. Com isso, aqui estão algumas maneiras de identificar a assimetria craniana em bebês:
- Observação visual: olhe atentamente para a cabeça do bebê de diferentes ângulos e perspectivas. Observe se há alguma assimetria aparente, como uma parte do crânio que parece mais plana, achatada, alongada, estreita ou com uma protuberância;
- Palpação suave: use as mãos para sentir a forma do crânio do bebê. Passe os dedos delicadamente sobre a superfície do crânio, prestando atenção às áreas que possam parecer mais salientes, achatadas ou irregulares;
- Observação de características faciais: a assimetria craniana pode estar associada a assimetrias faciais. Observe se há desalinhamento dos olhos, orelhas ou mandíbula, que possam indicar assimetria craniofacial;
- Observação do posicionamento: observe como o bebê posiciona a cabeça durante o sono e quando acordado. Se houver uma preferência consistente por virar a cabeça para um lado específico, pode indicar assimetria craniana;
É importante lembrar que é normal que os crânios dos bebês tenham algumas assimetrias sutis, pois eles estão em constante crescimento e desenvolvimento.
No entanto, se você suspeitar de uma assimetria mais pronunciada ou mais persistente, é recomendado procurar um médico pediatra que poderá realizar uma avaliação mais detalhada.
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Quando devo me preocupar com o formato da cabeça do bebê?
É bastante comum que a forma da cabeça do bebê passe por algumas variações nos primeiros meses de vida. No entanto, é importante estar atento a sinais de alerta que podem indicar a necessidade de preocupação com o formato da cabeça do bebê, tais como:
- Caso a assimetria craniana esteja acompanhada de outros sintomas, como atraso no desenvolvimento motor, atraso na aquisição de marcos do desenvolvimento ou desalinhamento de características faciais;
- Se você notar uma preferência constante e acentuada do bebê por virar a cabeça sempre ao mesmo lado. Se houver desconforto ou dor relacionados à posição da cabeça, como dificuldade para dormir ou irritabilidade ao tentar posicionar a cabeça em determinada posição.
Caso você observe alterações significativas no crescimento da cabeça do seu bebê em comparação com outras crianças na mesma faixa de idade, é de extrema importância que um acompanhamento seja feito por um profissional da saúde.
Como corrigir assimetria craniana em bebê?
A correção da assimetria craniana do bebê pode depender da gravidade do caso e da idade do pequeno. Aqui estão algumas das abordagens comumente utilizadas para corrigir a assimetria craniana
1. Posicionamento adequado
O reposicionamento cuidadoso da cabeça do bebê durante o sono e o tempo acordado pode ser recomendado. Isso pode incluir alternar a posição onde o bebê dorme, estimulando-o a virar a cabeça para o lado oposto da assimetria e oferecendo estímulos visuais e auditivos para incentivar essa mudança de posição.
2. Terapia de posicionamento
Em casos mais persistentes, um fisioterapeuta especializado em pediatria pode recomendar técnicas de terapia de posicionamento. Isso pode envolver o uso de posicionadores, almofadas ou rolos específicos para posicionar a cabeça do bebê apropriadamente, estimulando um crescimento mais equilibrado.
3. Fisioterapia
Se a assimetria craniana estiver associada a restrições de movimento, como torcicolo congênito, o fisioterapeuta pode prescrever exercícios e alongamentos suaves para melhorar a mobilidade e o alinhamento da cabeça e do pescoço do bebê.
4. Órteses cranianas
Em casos mais severos ou persistentes, o médico pode recomendar o uso de uma órtese craniana, também conhecida como capacete craniano.
Essa órtese é personalizada para o bebê e ajuda a direcionar o crescimento do crânio, proporcionando uma distribuição de pressão mais equilibrada. O uso da órtese geralmente ocorre durante a fase de crescimento rápido do crânio, monitorado regularmente por um especialista.
É importante destacar que a assimetria craniana pode ser uma condição temporária e se corrigir naturalmente à medida que o bebê cresce e desenvolve mais força muscular. O tratamento e a correção devem ser supervisionados por profissionais de saúde especializados.
Lembre-se que cada caso é particular e o tratamento será adaptado às necessidades individuais da criança. Quanto antes for realizado um diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores são as chances de correção efetiva da assimetria craniana! Aproveite para conferir, também, outros importantes cuidados para se ter nos primeiros meses dos bebês.
Até o próximo post!