Passar por mudanças corporais é parte da gestação, com o início da produção de leite materno sendo uma das mais marcantes novidades. E mesmo sendo um fenômeno já conhecido, fato é que muitas mulheres passam por períodos em que a produção de leite materno aumenta muito — a chamada hiperlactação.
É natural também que, com a hiperlactação, apareçam algumas dúvidas: por que isso acontece? Isso é prejudicial? O que fazer quando há o diagnóstico? E o mais importante: como isso afeta a amamentação?
Para sanar todas essas dúvidas, conte com esse post do blog da ABC Design para entender melhor tudo isso e lidar da melhor maneira possível com a situação.
Boa leitura!
O que é hiperlactação?
A hiperlactação é uma condição que, como o próprio nome já indica, afeta diretamente as lactantes, com a quantidade de leite materno excessiva. Esse excesso é considerado um problema de saúde por poder acarretar problemas tanto para a mãe quanto para o filho.
Uma das consequências mais comuns da hiperlactação é o popular vazamento, o resultado do armazenamento de grande volume que, em momentos de muita pressão, sai involuntariamente pelos ductos.
Com esse problema, é possível que a mulher se sinta desconfortável na maior parte do dia, além de ocasionar o ingurgitamento mamário — que consiste no endurecimento da mama devido ao volume de leite.
Qual é a causa da hiperlactação?
A principal causa da hiperlactação é o aumento do fluxo hormonal no corpo da mulher. Durante o período de amamentação, o corpo produz os hormônios essenciais para a produção de leite, como a ocitocina e a prolactina, responsáveis pela ejeção do leite, sua liberação e a quantidade produzida.
Vale ressaltar que é totalmente normal que, por cerca de 2 meses após o parto, a mulher produza leite de forma intensa e abundante, considerando a importância do leite materno para o recém-nascido.
Passado esse momento, muitas mães relatam que a produção se regulariza, produzindo leite na quantidade suficiente para a amamentação do seu filho. Entretanto, uma mulher com hiperlactação não sente essa normalização.
Além da produção exagerada de hormônios, o problema também pode ter ligação com o manejo da amamentação. Caso o peito não seja esvaziado totalmente após amamentar, há um acúmulo de leite.
Por esse motivo, é de grande importância esvaziar o máximo após a amamentação, assim o corpo consegue adaptar apenas a produção para o bebê.
A hiperlactação é hereditária?
O problema do excesso de leite durante a amamentação pode ter ligação com o histórico familiar, ou seja, pode ser promovido por fatores genéticos. Por isso, é preciso estar atento ao histórico familiar. Porém, não é considerada uma das maiores causas.
Como a hiperlactação é diagnosticada?
Para tratar a hiperlactação, é necessário ter um diagnóstico. Para isso, um obstetra deve fazer uma avaliação conforme os sintomas apresentados. Também é preciso atentar-se ao fato de que os sintomas dessa condição podem aparecer na mãe e também no bebê.
Nas mães, é comum o aparecimento de:
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Seios inchados e maiores;
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Sensação de líquido nos seios;
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Vazamento de leite;
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Mamas ingurgitadas;
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Sensação de adormecimento e formigamento durante a amamentação;
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Áreas sensíveis e nódulos;
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Dores parecidas com agulhadas.
Nos bebês, temos:
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Fezes aquosas;
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Regurgitação;
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Flatulência;
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Dificuldades durante a amamentação;
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Engasgos;
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Vômitos;
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Refluxo.
Qual é o tratamento para hiperlactação?
O tratamento para hiperlactação pode ser feito por processos caseiros, como:
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Utilizar compressas de água fria nos seios após a amamentação;
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Evitar banhos em água quente, pois pode haver ainda mais estímulos durante a produção de leite.
Uma ação simples é oferecer as duas mamas ao bebê durante a amamentação para ser retirada a maior quantidade possível de leite. Assim, facilita-se a redução do armazenamento ao se determinar uma produção mais razoável de leite, conforme a necessidade do bebê.
No decorrer do período, também se faz importante o uso de sutiãs com suporte ou aqueles desenvolvidos com tecido antibactericida para evitar problemas e ainda sustentar os seios sem que aconteça a pressão para vazamentos de leite.
A hiperlactação pode afetar a produção de leite materno?
Quando a hiperlactação ocorre, a produção de leite torna-se excessivamente maior do que a demanda do bebê. Uma das consequências é a criança interromper a amamentação ou tomar uma quantidade muito maior de leite, podendo desenvolver refluxo.
Caso o cenário não seja devidamente tratado, essa frequência de alimentação irregular pode trazer consequências graves, como pouco ganho de peso e a falta de nutrientes necessários para o crescimento.
Quais são os efeitos colaterais da hiperlactação?
Um dos graves efeitos colaterais da hiperlactação são as mastites — inflamações que ocorrem no tecido mamário. Entre seus principais sintomas estão:
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O aumento de temperatura de toda a região do seio;
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Fissuras no tecido;
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Avermelhamento na região afetada.
Quando aparecem, as mastites exigem um grande cuidado, por poderem se tornar abscessos. O tratamento deve ser indicado por um médico e, na maioria das vezes, envolve a prescrição de antibióticos.
Além delas, o leite empedrado ocasionado pela hiperlactação pode causar desconfortos e dores, além de dificultar a saída do leite. Nessa situação, o caso é revertido com a estimulação dos gânglios linfáticos e massagens circulares.
Hiperlactação: o que fazer para prevenir?
Para evitar os incômodos do problema, é importante tomar algumas medidas, como verificar se algum medicamento é o responsável por estimular a hiperlactação e também evitar a ordenha excessiva, que tem como consequência uma estimulação maior na produção.
Também é importante não pular as mamadas e manipular as mamas em excesso. Durante a amamentação, o bebê deve se alimentar até o fim da quantidade armazenada no momento. Mas caso não seja possível, o ideal é drenar o leite até que as mamas estejam vazias.
A hiperlactação é uma condição que afeta muitas mulheres, sendo importante contar com o tratamento para evitar problemas para mães e filhos.
Ao notar os primeiros sinais e sintomas do problema, procure um especialista e mude os hábitos rapidamente para evitar a evolução do caso. Quanto mais cedo buscar ajuda, mais fácil tende a ser a resolução do problema!
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