A amamentação é um fator extremamente importante para o crescimento e desenvolvimento das defesas do seu filho, mas ainda é um assunto que causa grandes questionamentos e medos entre as mulheres.
É muito comum que, durante a gravidez, surjam algumas dúvidas: o meu corpo vai mudar? Quando uma gestante começa a ter leite na gravidez? E será que o meu leite será o adequado?
O receio de não ter leite o suficiente (ou de não produzi-lo) assombra antes mesmo da chegada do bebê. No entanto, é preciso ter calma, acompanhamento médico e uma alimentação balanceada. Se você foi ou será mamãe de primeira viagem, continue a leitura deste artigo do Blog ABC Design e confira as principais informações sobre a produção de leite materno!
Quando a gestante começa a produzir leite?
A produção do leite somente começa após o nascimento do bebê. Porém, a preparação do seu organismo tem início muito antes disso, afinal, é preciso que o seu corpo passe por alterações não só para dar condições de crescimento ao feto, mas também para amamentar.
Logo após a concepção, os sinais precursores da amamentação e dos cuidados com as mamas já aparecem. Os seios ficam inchados e mais sensíveis, e os mamilos mais escuros. Podem surgir, até mesmo, bolinhas próximas à aréola, que protegerão os seus seios durante a amamentação ao aumentarem a oleosidade da região.
Internamente, durante todo o período gestacional, serão liberados dois hormônios: a progesterona e o estrogênio. São eles que fazem suas glândulas mamárias crescerem e terem condições de armazenar todo o leite que será produzido.
No entanto, a produção de prolactina aumenta em cerca de 20 vezes. Ele é o responsável por estimular a produção do leite, agindo no organismo a partir do segundo trimestre de gestação.
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E depois disso? Já vou ter leite?
Ainda não. Antes de o leite que você produziu descer — o que pode acontecer até o terceiro dia após o parto — o seu bebê será alimentado pelo colostro. Essa substância, também conhecida como pré-leite, é viscosa e muito rica em anticorpos e proteínas, essenciais para o fortalecimento do seu filho.
A produção do leite propriamente dito se inicia a partir do primeiro mês de gravidez. Após todas essas etapas de preparação do corpo, os alvéolos iniciam a liberação do líquido que será levado até os dutos mamários para que a criança o consiga sugar durante a amamentação.

O que pode prejudicar a lactação?
Antes de tudo, é preciso ver se a amamentação está sendo feita da maneira correta. Verifique se a pegada e movimento de sugar do bebê estão adequados. Tenha certeza, também, que está ficando de repouso entre cada mamada, bem como se está com os níveis de estresse controlados e se não está se esquecendo da hidratação.
No entanto, se estiver tudo certinho e, ainda assim, o leite não for suficiente, procure um obstetra. A indicação de medicamentos, como suplementação na gestação, é realizada em casos muito específicos e seu uso deverá sempre ser de conhecimento médico. Infelizmente, o organismo de algumas mulheres não consegue produzir o leite, e isso pode acontecer por diversos motivos:
- Disfunções hormonais (cistos no ovário, problemas na tireoide);
- Cirurgias que tiveram a retirada do tecido mamário;
- Cirurgia para redução de mama que tenha afetado o tecido mamário;
- Colocação de silicone;
- Fragmentação da placenta;
- Uso de medicamentos (antigripais, pseudoefedrina e pílulas anticoncepcionais com estrogênio);
- Diabetes.
Como posso ter mais leite?
Existem diversas formas de ter mais leite para amamentação, caso não esteja satisfeita com o volume produzido pelo seu corpo. E o melhor é que as principais dicas são saudáveis, o que auxiliará seu corpo também em outros aspectos.
Uma das principais dicas, aliada à muita hidratação, é uma boa alimentação. Preferir um cardápio saudável é importante não somente para você e para seu próprio corpo, estimulando a lactação, como também faz com que o leite seja muito mais nutritivo!
Mas existem alguns alimentos que são capazes de auxiliar e, até mesmo, aumentar a produção láctea da mulher durante a gravidez, como o salmão, rico em ômega 3 — capaz de ajudar na formação cerebral do bebê e também é responsável por auxiliar na produção do leite. Outro destaque fica por parte da vitamina K (estimulador das glândulas mamárias), abundante no manjericão.

Outra dica importante, que também passa pelo cuidado com sua saúde, é a realização de exames periódicos para ter certeza que nenhum outro problema pode estar interferindo na produção de leite.
Por fim, é recomendado optar por ambientes calmos, para que o momento seja o mais tranquilo o possível para você e para seu filho, já que a tensão também pode prejudicar o processo.
O que fazer caso o leite não seja produzido?
Em casos em que a mãe não produz leite ou não consegue disponibilizar a quantidade adequada, poderá ser indicado o uso de fórmulas lácteas, ou então recorrer ao Banco de Leite Humano.

Vale ressaltar que qualquer procedimento deve ser de conhecimento do seu médico e que você não deve alimentar o seu filho com leite de vaca sem a indicação de um especialista, pois é pobre em vitaminas e nutrientes. Ao consumi-lo, além de alergias, o seu bebê poderá desenvolver anemia e dificuldade em ganhar peso.
Confira mais detalhes sobre os tipos, desafios e rotinas que envolvem a introdução alimentar!
Nesse post, vimos o quão importante é entender como e quando uma gestante começa a produzir leite. Isso é essencial para que você não caia na crença de que não está produzindo o suficiente por não ter vazamentos ou em outros mitos.
Como dissemos, todo o processo começa logo na concepção, aumentando a ação por volta do terceiro trimestre até o parto. Então, cuide-se: tenha uma boa alimentação, beba água e procure ficar relaxada e sem estresse. Enquanto isso, siga no blog da ABC Design para saber mais sobre como ter um puerpério mais tranquilo e se programe para sua recuperação.
Até o próximo post!
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