O sono na infância

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Distúrbio do sono é uma queixa comum nos pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Apesar de não fazer parte dos critérios de diagnóstico, o problema do sono é muito comum nesta patologia. “Crianças que dormem mal acordam irritadas e ficam agitadas e ansiosas”, é o que afirma a médica pediatra e homeopata Dra. Márcia Varejão.

Recentemente, a Academia Americana de Medicina do Sono entrou em um consenso sobre a quantidade de horas recomendadas para o sono de uma criança. O painel concluiu que dormir o número recomendado de horas regularmente está associado a melhores resultados globais de saúde, incluindo melhor atenção, comportamento, aprendizagem, memória, equilíbrio emocional, qualidade de vida, saúde física e saúde mental. Veja a recomendação:

  • Lactentes de 4 a 12 meses: 12 a 16 horas de sono (incluindo cochilos);
  • Crianças de 1 a 2 anos de idade: 11 a 14 horas (incluindo cochilos);
  • Crianças de 3 a 5 anos de idade: 10 a 13 horas (incluindo cochilos);
  • Crianças de 6 a 12 anos de idade: 9 a 12 horas;
  • Adolescentes de 13 a 18 anos de idade: 8 a 10 horas.

Segundo a médica, desempenhar muitas atividades ao mesmo tempo também pode ser prejudicial à saúde. “A criança que tem muitas atividades, sem tempo de descanso ou que fica muito nos jogos eletrônicos, pode ficar ansiosa e agitada, o que a leva a uma qualidade de sono ruim, acordando muitas vezes ou até com dificuldade em pegar no sono.”

Caminho das pedras

Para quem tem filhos e não sabe se ele sofre com algum transtorno ou distúrbio psico neurológico, o ideal é buscar orientação médica. Para facilitar, a médica elenca dicas para você observar no comportamento dos pequenos:

Comportamento: a criança com déficit de atenção pode ser mais impulsiva gerando conflitos com os amigos.

Genética: avaliar se alguém da família tem um caráter genético que tenha passado por algum transtorno ou distúrbio.

Interpretação: a família e professores precisam estar atentos à absorção das tarefas passadas e como será a capacidade da criança em desenvolver a ação.

Desatenção: perder a chave, esquecer o caderno e a desorganização, de um modo geral, quando ocorrem com frequência podem ser sinais de algum transtorno mais sério.

Atividades: não dar linearidade às atividades desenvolvidas é um sinal de atenção. Exemplo: começar várias atividades e não concluir.

Hiperatividade: levantar, sentar, ir ao banheiro ou trocar muito de brinquedos podem ser sinais de hiperatividade.

Relação dos transtornos com a idade

De acordo com a pediatra, é muito difícil fazer um diagnóstico preciso antes dos sete anos de idade. “Antes deste período temos apenas indícios que devemos nos atentar e avaliar.” Existe a famosa idade dos dois anos conhecida como Terrible Two. Nessa fase, a criança está descobrindo como se posicionar, como reagir a uma situação, e muitas vezes transforma isso em birra, choro ou grito, mas não quer dizer que tenha um distúrbio. É muito importante neste momento os pais estarem atentos e trabalharem os limites do que pode e o que não pode. “Atualmente as crianças vão para a escola muito cedo e os pais por ficarem pouco tempo com elas têm medo de educar, achando que a educação é um dever da escola apenas”, esclarece.

O ambiente familiar também é importante para a compreensão de eventuais distúrbios. Muitas vezes os pais discutem na frente dos filhos, são ansiosos e estressados, ou há a situação de um novo irmão chegando, por exemplo. Esses podem ser fatores que alteram o sono e levam os filhos a ficarem também ansiosos.

Além disso, distúrbio do sono pode ter causa orgânica, como uma adenoide aumentada, que pode levar a um distúrbio respiratório ou apneia, comprometendo o sono e a atenção da criança no dia seguinte.

Tratamento e prevenção

Para a pediatra, a prevenção por meio de medicamentos homeopáticos é uma ótima opção. “Hoje a família reluta e contesta o uso de medicamentos alopáticos, por que seu filho estará reagindo ao remédio apenas, e não a um estímulo natural. Cuidar do distúrbio de sono, episódios isolados de ansiedade seria o ideal, em um primeiro momento, e os medicamentos homeopáticos são excelente alternativa nesse contexto”, sugere.

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Equipe ABC Design

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