A gestação e o pós-parto estão sempre permeados por dúvidas, especialmente para as mães de primeira viagem. Uma delas está relacionado à higiene íntima. Grávidas devem ter algum cuidado ao lavar a vulva? Como deve ser feita a higienização da região no pós-parto?
Higiene íntima na gravidez
O que não fazer?
De acordo com a ginecologista Erika Guertas, da rede de consultório Dr. Consulta, a melhor maneira de evitar descontroles na flora vaginal nesse período é mantendo os hábitos de higiene adotados antes da gravidez. Portanto, a primeira dica é: não troque o sabonete que já vinha sendo utilizado para limpar a região íntima. “É melhor evitar mudar os produtos para não correr o risco de desenvolver reações alérgicas nesses meses”, comenta.
A médica também faz um alerta em relação à ducha vaginal, que não deve ser realizada em nenhuma hipótese. O canal vaginal é um local que não fica exposto ao ambiente externo e, portanto, não é sujo. A secreção expelida por ele e composta por elementos naturais e não precisa ser retirada.
Sabonete íntimo na gravidez faz mal?
Como a recomendação é manter a higienização como ela era feita antes da gestação, a especialista explica que, caso a mulher já faça uso do sabonete íntimo, ela pode continuar. No entanto, Erika lembra que o produto específico para a região não é indicado por grande parte dos ginecologistas por não apresentar benefícios. “Se for para escolher um tipo, é sempre melhor dar preferência aos de glicerina”, recomenda.
Como lavar a região íntima no pós-parto: 2 cuidados especiais
Lavagem mais frequente
A ginecologista explica que no pós-parto é natural que o corpo libere uma secreção muito semelhante à menstruação, que tende a mudar de cor e aspecto com o passar dos dias. Ela é fruto da limpeza que o corpo está fazendo no útero que, agora, não está mais gerando um bebezinho.
Neste período, Erika diz que é importante que a paciente troque o absorvente e higienize a região com mais frequência, usando o sabonete de costume.
Higienização dos pontos
Quando o nascimento acontece via parto normal, algumas mulheres sofrem com laceração natural do períneo ou são submetidas à episiotomia, também conhecida como “pique”. Nessas situações, a médica diz que o ideal é substituir a higienização com papel higiênico pela água sempre depois de urinar ou evacuar. “Se não conseguir evitar o uso do papel, então deve-se apenas encostá-lo na vulva para secar, sem provocar atrito com a região”, ensina.
No banho, a limpeza deve ocorrer normalmente. Erika apenas alerta para a importância de manter a região sempre limpa e o mais seca possível para, assim, favorecer a cicatrização.
