Outubro rosa: saiba como fazer o autoexame de mama

Outubro é o mês em que muita gente veste o laço rosa para falar sobre um assunto sério: a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. A campanha Outubro Rosa lembra que conhecer o próprio corpo é um passo essencial para cuidar da saúde e buscar ajuda médica sempre que necessário.

Entre os cuidados que fazem parte dessa rotina, o autoexame de mama se destaca por ser simples, rápido e possível de fazer em casa. Ele não substitui exames como a mamografia, mas ajuda a identificar mudanças que podem ser investigadas mais cedo.

Pensando nisso, hoje, vamos te ensinar como fazer o autoexame de mama corretamente, entender o melhor momento para realizá-lo e saber quais sinais merecem atenção. Tudo explicado de um jeito claro e descomplicado, para que esse cuidado se torne parte da sua rotina.

Continue lendo e descubra como dar esse passo pela sua saúde!

O que é o Outubro Rosa e por que é importante?

O Outubro Rosa nasceu como um movimento mundial de conscientização sobre o câncer de mama, ganhando força nos anos 1990. A cor rosa foi escolhida por simbolizar o cuidado e a luta feminina, mas a mensagem vai muito além da estética: ela envolve informação, prevenção e apoio.

Todos os anos, campanhas reforçam a importância de consultas regulares, exames preventivos e atenção aos sinais do corpo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é um dos tipos mais comuns entre as mulheres no Brasil, mas tem altas chances de cura quando diagnosticado cedo. É por isso que o Outubro Rosa não é apenas um mês no calendário, mas um lembrete de que a prevenção pode salvar vidas.

O que é o autoexame de mama?

O autoexame de mama é uma forma simples de observar e palpar as mamas para identificar possíveis alterações. Ele pode ser feito por qualquer pessoa, sem a necessidade de equipamentos, e leva apenas alguns minutos. O objetivo é que você conheça melhor o próprio corpo e perceba mudanças que, muitas vezes, passam despercebidas no dia a dia.

É importante reforçar que o autoexame não substitui consultas médicas ou exames de imagem, como a mamografia. Ele funciona como um cuidado complementar, que ajuda a manter a atenção sobre a própria saúde e pode facilitar a detecção precoce de alterações.

Essa prática também serve para que você se familiarize com o formato, o tamanho e a textura das suas mamas, facilitando notar qualquer diferença ao longo do tempo. Quanto mais cedo uma alteração é identificada, maiores são as chances de tratamento bem-sucedido.

Como fazer o autoexame de mama passo a passo

Fazer o autoexame é mais simples do que parece. O segredo está em escolher o momento certo do mês e seguir uma sequência que permita observar e palpar toda a região das mamas, incluindo axilas e clavículas.

Acompanhe o passo a passo de como fazer:

1. Entenda o melhor momento para realizar o autoexame

O período ideal é cerca de três a cinco dias após o término da menstruação. Nesse momento, as mamas costumam estar menos inchadas e sensíveis, o que facilita a percepção de alterações. Para quem não menstrua ou está na menopausa, a dica é escolher um dia fixo do mês para manter a regularidade.

2. Autoexame em frente ao espelho

Comece observando suas mamas de frente, com os braços relaxados ao lado do corpo. Depois, levante-os acima da cabeça e, por fim, apoie as mãos na cintura, contraindo levemente os músculos do tórax.

Em cada posição, procure notar:

  • Diferenças no tamanho ou formato das mamas;
  • Alterações na pele, como ondulações, vermelhidão ou aspecto de “casca de laranja”;
  • Mudanças nos mamilos, como retração, desvio ou secreção.

3. Autoexame durante o banho

A água e o sabonete ajudam as mãos a deslizar, tornando a palpação mais confortável. Levante o braço direito e, com a mão esquerda, examine a mama direita.

Use a ponta dos dedos e faça movimentos circulares, começando pela parte externa e indo em direção ao mamilo. Repita o processo na outra mama. Lembre-se de também palpar a região das axilas, onde podem surgir alterações.

4. Autoexame deitada

Deite-se e coloque um travesseiro sob o ombro direito para examinar a mama desse lado. Com a mão esquerda, repita os movimentos circulares, aplicando pressões leves, médias e mais firmes para sentir as diferentes camadas do tecido mamário. Faça o mesmo do outro lado, apoiando o travesseiro sob o ombro esquerdo e usando a mão direita para examinar.

Se você notar algo diferente, como um nódulo, endurecimento ou dor persistente, procure um médico para avaliação. A maioria das alterações não significa câncer, mas apenas um profissional poderá confirmar.

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Alterações que podem ser percebidas no autoexame

Ao fazer o autoexame com regularidade, você começa a reconhecer as características naturais das suas mamas. Isso facilita perceber qualquer novidade.

Confira a seguir alguns sinais que merecem atenção:

Caroços ou nódulos

Podem variar de tamanho e textura, sendo duros ou mais macios. Nem todo caroço é sinal de câncer, alguns podem estar ligados a alterações benignas, mas qualquer um precisa ser avaliado por um médico.

Mudanças na pele

Ondulações, afundamentos, áreas avermelhadas ou com aspecto de “casca de laranja” são alterações que merecem atenção. Essas mudanças podem indicar inflamação ou alterações no tecido mamário.

Alterações no mamilo

Observe se houve inversão repentina, mudanças de posição, descamação ou presença de secreção — principalmente se for com sangue ou transparente, sem relação com a amamentação.

Sensibilidade ou dor persistente

A dor nas mamas pode acontecer por vários motivos, incluindo alterações hormonais. Mas, se for localizada, persistente ou vier acompanhada de outros sinais, vale investigar.

Se notar qualquer uma dessas alterações, o próximo passo é buscar um profissional de saúde para um exame clínico. Quanto antes a avaliação for feita, maiores as chances de tranquilidade e segurança no diagnóstico!

Exames complementares para prevenção e diagnóstico

O autoexame é um cuidado importante, mas ele não substitui a avaliação médica! Existem exames específicos que ajudam a identificar alterações nas mamas com mais precisão e antecedência.

Mamografia

É um exame de imagem feito por meio de raios X, capaz de identificar alterações milimétricas, muitas vezes antes que possam ser sentidas ao toque. Durante a mamografia, a mama é posicionada e levemente comprimida entre duas placas para a imagem ser capturada claramente.

Apesar do desconforto momentâneo, o procedimento é rápido e considerado fundamental na detecção precoce do câncer de mama, especialmente para mulheres a partir dos 40 anos ou conforme recomendação médica.

Ultrassonografia mamária

Usa ondas sonoras para criar imagens do interior da mama, sem radiação. É um exame indolor, feito com um aparelho que desliza sobre a pele com auxílio de um gel.

A ultrassonografia é muito utilizada para investigar alterações encontradas na mamografia ou no exame físico, além de ser indicada para mulheres com mamas mais densas, onde a mamografia pode ter mais dificuldade de visualização.

Exame clínico das mamas

Realizado por um médico ou enfermeiro treinado, consiste na observação e palpação das mamas e axilas, seguindo uma técnica semelhante ao autoexame, mas com experiência profissional para identificar alterações sutis. Esse exame pode ser feito durante consultas de rotina e é um complemento importante aos exames de imagem.

Lembrando que combinar o autoexame com os exames complementares aumenta as chances de identificar alterações no estágio inicial, quando o tratamento costuma ser mais simples e eficaz.

A importância do diagnóstico precoce

Quando uma alteração é detectada no início, as chances de sucesso no tratamento aumentam muito. Além de ampliar as possibilidades de cura, o diagnóstico precoce também pode tornar o processo menos invasivo e menos desgastante para o corpo e para a rotina.

Acompanhe alguns motivos que reforçam por que identificar cedo faz toda a diferença:

  • Aumento das taxas de cura: tratamentos iniciados em estágios iniciais têm maiores índices de sucesso;
  • Procedimentos menos agressivos: em muitos casos, é possível evitar cirurgias mais complexas ou tratamentos prolongados;
  • Recuperação mais rápida: quanto menor for a intervenção, mais fácil é retomar a rotina;
  • Menor impacto emocional e físico: diagnósticos tardios podem exigir terapias mais intensas, o que afeta o bem-estar;
  • Planejamento de cuidados: permite organizar com calma os próximos passos, envolvendo família e profissionais de saúde.

O autoexame de mama substitui a mamografia?

Não. O autoexame é um cuidado importante para conhecer o próprio corpo e perceber alterações, mas ele não tem a mesma precisão que a mamografia.

Esse exame de imagem consegue detectar alterações muito pequenas, que ainda não são palpáveis. Por isso, o ideal é combinar o autoexame com consultas médicas regulares e, quando indicado, realizar a mamografia ou outros exames complementares.

Qual a frequência ideal para fazer o autoexame?

A recomendação é realizar o autoexame uma vez por mês, de preferência de três a cinco dias após o término da menstruação, quando as mamas estão menos sensíveis.

Para mulheres que não menstruam mais ou que estão na menopausa, vale escolher um dia fixo no mês para manter a regularidade. Essa constância ajuda a conhecer melhor o formato e a textura das mamas, facilitando a percepção de mudanças.

Homens também podem ter câncer de mama?

Sim, embora seja raro, o câncer de mama também pode afetar homens, representando cerca de 1% dos casos diagnosticados. Os sinais são semelhantes aos das mulheres: presença de nódulos, alterações na pele da mama ou no mamilo e secreção anormal. Por isso, é importante que eles também estejam atentos e procurem atendimento médico diante de qualquer alteração.

Como saber se um caroço na mama é preocupante?

Nem todo caroço significa câncer. Muitos nódulos podem estar relacionados a alterações benignas, como cistos ou fibroadenomas. No entanto, apenas um médico pode confirmar a causa por meio de exames físicos e de imagem, como ultrassonografia ou mamografia.

A orientação é clara: qualquer caroço percebido deve ser avaliado, especialmente se ele for endurecido, irregular ou persistir por mais de um ciclo menstrual.

A dor na mama sempre indica câncer?

Não. A dor nas mamas, chamada de mastalgia, pode ter diversas causas que não estão relacionadas ao câncer, como alterações hormonais, inflamações, traumas ou até o uso de certos medicamentos.

Apesar disso, dores persistentes ou localizadas, principalmente se acompanhadas de outros sinais como vermelhidão ou secreção, devem ser investigadas por um profissional de saúde para descartar causas mais graves.

Posso fazer o autoexame durante a gravidez ou amamentação?

Sim. O autoexame pode ser feito normalmente durante as fases da gravidez e da amamentação, mas é importante lembrar que, nesses períodos, as mamas passam por mudanças naturais, aumento de volume, maior sensibilidade e começam a fase de produção de leite.

Qual é o melhor horário do dia para fazer o autoexame?

Não existe um horário obrigatório, mas o ideal é escolher um momento tranquilo, em que você possa se concentrar e realizar o exame sem pressa.

Muitas mulheres preferem fazer durante o banho, porque a água e o sabonete facilitam o deslizar das mãos, ou antes de dormir, quando estão mais relaxadas. O importante é que o autoexame se torne um hábito mensal, sempre no mesmo período do ciclo ou no dia fixo escolhido, para facilitar a comparação.

O que fazer se encontrar algo diferente no autoexame?

Se você notar qualquer alteração, como caroços, mudanças na pele, no formato ou no mamilo, marque uma consulta com um médico quanto antes. Detectar cedo é melhor do que esperar para “ver se passa”.

O profissional fará um exame clínico e, se necessário, solicitará exames complementares para esclarecer a causa. Quanto mais cedo a investigação começar, maiores são as chances de um tratamento simples e eficaz, se houver necessidade.

É normal ter secreção no mamilo?

Depende. Durante a amamentação ou até algum tempo após o fim dela, é comum haver secreção. Também pode acontecer em casos de alterações benignas, como pequenos cistos ou distúrbios hormonais.

No entanto, se a secreção for com sangue ou transparente, sair sem estímulo e não tiver relação com amamentação, precisa ser avaliada por um médico. Esse tipo de alteração exige atenção para descartar causas mais sérias.

Se este conteúdo ajudou você a entender melhor como fazer o autoexame e quais sinais observar, aproveite para explorar outros textos no nosso blog. Lá, reunimos mais informações e dicas pensadas para apoiar cada fase da sua jornada de cuidado.

Até a próxima!

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Equipe ABC Design

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