Pode dar doce para o bebê?

Pode dar doce para o bebê?

Quando o assunto é alimentação infantil, existe uma questão bastante polêmica no mundo materno: a ingestão de açúcar por crianças. É comum encontrar relatos de mães descontentes, pois alguém ofereceu doce para o bebê.

E com razão. A OMS (Organização Mundial da Saúde), por meio da diretriz “Ingestão de açúcares por adultos e crianças”, associa o consumo dessa substância a doenças como a obesidade. Além disso, a agência afirma que o açúcar é capaz de desequilibrar os nutrientes necessários para uma vida saudável e facilitar o aparecimento de cáries nos pequenos. No entanto, sabemos que é praticamente impossível cortar o açúcar da alimentação, de forma simples, já que o próprio leite materno também apresenta a substância. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

A idade ideal para oferecer doces às crianças

Quando nasce uma criança, também nasce uma mãe que precisa lidar com uma série de palpites. Um deles é ouvir que o pequeno está com vontade de (ou só aceita) alimentos doces. O que é um grande equívoco.

O açúcar oferecido na forma de refrigerante, biscoitos ou bolos não traz qualquer vantagem nutricional à criança. E não desperta a vontade ou preferência delas a esses alimentos se não forem oferecidos.

De acordo com matéria publicada no site da Sociedade Brasileira de Pediatria, é importante evitar o consumo de doce para bebês até os dois anos de idade. Porém, é importante salientar que o açúcar presente em frutas, verduras, legumes e até no próprio leite materno não devem ser incluídos nessa restrição.

Ou seja, você pode amamentar em livre demanda e seguir as recomendações do pediatra sobre a introdução alimentar sem culpa. Inclusive, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia recomenda:

  • papa de frutas duas vezes ao dia, no sexto ou sétimo mês;
  • papa de frutas uma vez ao dia, a partir do oitavo mês;
  • introdução de frutas in natura para o lanche, a partir do primeiro ano de idade.

Como introduzir o açúcar na alimentação

Conforme a criança vai crescendo, é inevitável ter contato com alimentos açucarados. Uma hora ou outra, brigadeiros, sorvetes e chocolates vão fazer parte do cotidiano infantil. E é papel dos pais controlar essa ingestão. Afinal, não é porque o pequeno completou dois anos de idade que tudo está liberado.

Liberando o consumo sem prejudicar a saúde

A alimentação também tem um papel na vida social e as crianças não podem ser privadas de momentos, como as festas de aniversários ou celebrações regadas a comida, como o Natal. Por isso, o importante é que os pais não ofereçam esses alimentos no dia a dia, mas liberem em pequenas quantidades somente em ocasiões especiais.

Negociando a quantidade a ser consumida

As crianças devem ser ensinadas, desde pequenas, a fazer escolhas saudáveis relacionadas à alimentação. No lugar de oferecer uma mamadeira cheia de refrigerante e todas as opções da mesa de doces disponíveis em uma festinha de aniversário, dê preferência a dois ou três tipos de docinhos, como o brigadeiro e o beijinho. E sempre acompanhados de um copo de água.

Se ela pedir por um copo de refrigerante ou quiser repetir os doces, limite a quantidade. É fundamental negociar e estabelecer limites. Mas, fique atento: jamais use a ingestão de doces como forma de recompensa!

Cuidando da ingestão de sucos

Os sucos de fruta devem ser oferecidos apenas quando não for possível acrescentar a carne nas refeições dos pequenos, e de maneira restrita: no máximo 100 ml de frutas ricas em vitamina C, como a laranja e o melão. E, claro, sem adoçar!

O objetivo é colaborar com a absorção de ferro. Por isso, deve ser oferecido após o término da ingestão dos alimentos e somente quando a criança completar um ano de idade. O suco de fruta contém um alto índice de açúcar e, quando oferecido nesse formato, perde fibras e nutrientes durante o preparado. Portanto, dê preferência à água pura e filtrada.

Tornando um exemplo para a criança

É importante que a família seja um exemplo para a criança. Não adianta levar o pequeno a um aniversário, mas dar a ele um brigadeiro enquanto come cinco. Ou comer um chocolate na frente dele todo dia após o jantar.

Problemas que podem ser ocasionados pelo excesso de açúcar

É durante os primeiros anos de vida que os hábitos alimentares de um ser humano vão se construindo. Fazer as escolhas certas nesse período é o que vai moldar a relação da criança com a sua saúde no futuro.

Consumir alimentos inadequados, como os industrializados, favorece o desenvolvimento de várias doenças, como:

  • obesidade;
  • hipertensão;
  • diabetes;
  • hiperatividade;
  • depressão, entre outras.

Oferecer doce para bebê é totalmente desnecessário, especialmente nos dois primeiros anos de vida. Além de causar as doenças apresentadas ao longo deste artigo, também há uma importante questão a ser considerada.

No primeiro ano de vida, o estômago da criança ainda é muito sensível. Oferecer a ela alimentos enlatados, sucos industrializados, refrigerantes, ou o próprio café, pode causar irritação na mucosa gástrica e comprometer a absorção de nutrientes.

Para proteger a saúde do bebê, veja os alimentos que devem ser evitados:

  • frituras;
  • industrializados;
  • alimentos com conservantes artificiais;
  • enlatados;
  • embutidos;
  • açúcar refinado;
  • mel.

Vale lembrar que as crianças devem consumir o açúcar presente em frutas, verduras e hortaliças. A sacarose e a glucose fornecem energia para o corpo e para a mente. No entanto, devem limitar-se aos alimentos que carregam naturalmente essas substâncias.

O que deve ser considerado, após os dois anos de idade, é o equilíbrio. A rigidez com a alimentação infantil nesses 24 meses é necessária. Por isso, é importante orientar a rede de apoio a não conceder essa substância para as crianças e explicar que o açúcar natural dos alimentos já é suficiente para a sua saúde.

Considerando essa fase inicial, o doce para bebê deve ser evitado e é papel dos pais controlarem a ingestão de açúcar mesmo após a idade indicada. É preciso lembrar sempre que o papel do adulto é educar, proteger e garantir a saúde e o bem-estar da criança. E, para isso, é necessário estabelecer limites.

Quer continuar estudando a respeito do desenvolvimento infantil? Então confira aqui como o seu bebê se desenvolve desde o nascimento até o sexto mês de vida!

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Equipe ABC Design

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