O que é gravidez de risco?

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Muito se fala em cuidados na maternidade para evitar complicações durante o período gestacional. No entanto, você sabe o que é gravidez de risco e como se classifica? Se você é uma mamãe de primeira viagem, é importante que fique atenta a isso, pois é mais comum do que imagina.

Gravidez de risco é toda aquela em que, após exame clínico por um obstetra, é identificada a probabilidade de malformação, desenvolvimento inadequado, probabilidades de óbito da mãe ou do bebê durante a gestação ou no momento do parto.

Essas condições podem ser ocasionadas por diferentes fatores. Então, para que se aprofunde no assunto, reunimos neste post os principais motivos que podem levar a esse quadro clínico. Confira.

Pressão alta

A gravidez de risco é caracterizada por um déficit na saúde da mãe ou do feto. Além dos exames de rotina que podem indicar os riscos, existem alguns sintomas que necessitam de atenção. São eles:

  • dor ao urinar;
  • desmaios e tonturas frequentes;
  • sangramentos pela vagina;
  • não sentir o bebê se mexer por mais de um dia;
  • inchaços e dores pelo corpo;
  • aceleração da frequência cardíaca;
  • vazamento do líquido amniótico e contrações uterinas antes do tempo previsto;
  • dificuldade para caminhar.

A primeira causa de uma gravidez de risco que demanda mais atenção que o normal é a hipertensão. Quando a mulher tem pressão alta preexistente, automaticamente já será caracterizada a gestação de risco, mesmo que ainda não tenha engravidado.

O maior perigo dessa situação é a pré-eclâmpsia, que pode acontecer depois de 20 semanas, e se caracteriza pelo aumento exagerado na pressão sanguínea, provocando dores de cabeça persistentes, inchaço nas pernas, nos pés e convulsões, podendo evoluir para parto prematuro, malformação ou morte do feto.

Para garantir o desenvolvimento saudável do bebê e evitar que a futura mãe venha a sofrer algum problema, é de extrema importância fazer acompanhamento médico e o pré-natal com ginecologista obstetra.

Consumo de álcool ou drogas

Alguns hábitos que são prejudiciais em qualquer momento da vida se intensificam durante a gravidez, e um deles é o consumo de álcool ou drogas. Apesar de ser um fato óbvio, muitas mulheres ainda acreditam que fumar, beber ou fazer uso de drogas causam problemas somente durante o uso e não durante a gestação, resultando em gravidez de risco.

Estudos indicam que as mães fumantes apresentam maior risco de aborto espontâneo, nascimento prematuro, maior chance de paralisia cerebral do bebê, cardiopatias, problemas renais, perímetro cefálico reduzido (cabeça muito pequena) e SAF (síndrome alcoólica fetal) devido à exposição do feto ao álcool. Essa síndrome pode causar deformidade facial e deficiência cognitiva, que provoca atraso mental e no desenvolvimento.

Diabetes

O diabetes também está entre os fatores e condições que ocasionam gravidez de risco. A gestação tem a característica de tornar o organismo da mulher mais resistente à insulina. Isso acontece porque a placenta libera alguns hormônios capazes de anular os efeitos da insulina no sangue. Sendo assim, a futura mamãe pode apresentar uma piora no quadro do diabetes.

O excesso de glicemia no sangue pode penetrar a placenta e causar malformação no bebê, principalmente nos órgãos internos, deficiência cardíaca e síndrome da dificuldade respiratória.

Já para a mãe, há mais chances de sofrer aborto espontâneo, infecções no sistema urinário e respiratório. Normalmente, em caso de diabetes preexistente, é indicado que o parto seja feito por meio de cesárea.

Para evitar essas e outras complicações, deve haver acompanhamento médico durante toda a gravidez, incluindo o pré-natal e exames de rotina. Caso a mulher tome medicamentos para essa condição, não deve interromper o uso até a consulta com o obstetra.

Baixo peso ou obesidade

Peso baixo e em excesso também são condições da futura gestante que podem levar a uma gravidez de risco. As mulheres com alto IMC (índice de massa corporal), ou seja, maior que 35, têm mais chances de desenvolver hipertensão e diabetes gestacional.

Já aquelas com IMC abaixo do indicado (menor que 18,5) têm até 8% mais risco de serem submetidas a internações hospitalares. Tanto excesso de peso quanto a falta podem ocasionar aborto espontâneo, parto prematuro e dificuldades de crescimento do bebê.

Para que isso seja controlado e evitado, é necessário fazer rigoroso acompanhamento com médico obstetra e nutricionista, ter uma vida mais saudável, com alimentação balanceada e uso de suplementos — mediante indicação médica — no caso de mães que não conseguem oferecer os nutrientes necessários para o feto.

Idade

Aqui está outro exemplo de como os extremos podem resultar em gravidez de risco: mulher muito nova ou de idade avançada. De acordo com especialistas, o período em que há menores chances de a gestação sofrer complicações é entre 25 e 29 anos.

No entanto, a vida reprodutiva começa a atingir o seu auge entre 18 e 28 anos, sendo que depois dos 26 a probabilidade de engravidar cai para 18% (por mês de tentativa). Portanto, considera-se uma gravidez de risco após os 35 anos ou entre os 10 e 19 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde.

A gravidez precoce tem mais chances de ocasionar bebês prematuros, aborto espontâneo, complicações no parto, toxemia gravídica, anemia, malformação do feto, além de problemas psicológicos e sociais.

Quando a mulher tem mais de 35 anos, ou seja, na gravidez tardia, há mais chances de aborto, bebê prematuro e malformação do feto durante a gestação.

Contudo, segundo o coordenador do Núcleo de Reprodução Humana do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Carlos Alberto Petta, é preciso fazer uma análise da saúde e condições da futura mãe, pois a mulher de 40 anos que não fuma, pratica exercícios e tem vida saudável garante melhores condições para a gestação que uma de 35 anos, fumante ou com problemas de saúde.

É imprescindível que você tenha bons hábitos alimentares, pratique atividade física e sempre faça acompanhamento médico, mesmo antes de engravidar. Assim poderá evitar uma série de complicações.

Entender o que é gravidez de risco pode funcionar como um alarme para você, que deseja engravidar. Quando as doenças já são preexistentes, principalmente no caso de hipertensão e diabetes, é muito importante fazer exames periódicos para acompanhar a sua saúde e a do seu bebê.

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Equipe ABC Design

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