LONGE DE SER MALCRIAÇÃO, MOSTRAR A LÍNGUA É BOM PARA RECÉM-NASCIDOS
Desde 2014, bebê nenhum sai do hospital ou da maternidade sem ter feito o teste da linguinha. Isso é determinado por lei e reflete a importância desse procedimento para a saúde e qualidade de vida do recém-nascido. É relevante ressaltar que a fala do seu filho e a amamentação podem correr riscos caso ele saia do hospital sem fazer o teste.
O método avalia alterações no frênulo, pequena membrana localizada embaixo da língua que a conecta com o assoalho da boca. Desta forma, problemas de língua presa podem ser detectados. Possíveis alterações levam os bebês a fazerem muito esforço na hora de mamar, gastando mais energia. E ainda existe o risco de machucar o mamilo da mãe. Fatores que podem gerar o desmame precoce.
O teste é feito 48 horas após o nascimento da criança. “É simples, indolor e consiste em examinar com os dedos o movimento da língua e a posição do frênulo”, explica a fonoaudióloga e especialista em linguagem Raquel Luzardo.
Outras formas de descobrir o problema da língua presa são bebês que mordem o bico do seio da mãe ao mamar, que não conseguem colocar a língua para fora ou que, quando colocam, ela tem formato de coração.
Luzardo conta que “normalmente as mães acham que o desmame precoce acontece porque o leite delas está fraco, e acabam introduzindo a mamadeira”. Elas também relatam ferimentos e muita dor nos mamilos.
O melhor é fazer o exame, preferencialmente, nos primeiros meses de vida do bebê. Mas é interessante frisar que, posteriormente, também é possível fazer por meio de outras avaliações.
Cirurgia
Ao identificar alguma alteração no frênulo, o bebê passa por uma cirurgia para corrigir o problema. Ela tem o nome de frenotomia ou pique e consiste em um pequeno corte nesse pedaço de pele. O procedimento é bem simples e pode ser feito por um dentista ou por um cirurgião plástico.
Como a maioria dos problemas relacionados à saúde, o diagnóstico precoce pode evitar complicações maiores.
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