O cordão umbilical tem uma função muito especial na gestação do bebê: conectá-lo à placenta, visando fornecer nutrição e oxigenação para garantir um desenvolvimento saudável. Indo além, há toda a simbologia de ser o primeiro de muitos laços que unem mãe e filho, um momento bem marcante.
Apesar do simbolismo e da importância, por vezes, o cordão umbilical é deixado de lado após o nascimento, uma vez que sua função principal foi cumprida. Entretanto, seu potencial não acaba por aí, o sangue especial que passa pela estrutura é capaz de salvar outras vidas.
Confira nesse post especial da ABC Design Brasil tudo o que você precisa saber sobre o Dia Nacional da Doação de Cordão Umbilical e da importância de tomar parte nesse ato de amor ao próximo, tornando a golden hour ainda mais especial.
Boa leitura!
Como surgiu o Dia Nacional da Doação de Cordão Umbilical?
O Dia Nacional da Doação de Cordão Umbilical é comemorado no dia 8 de outubro, conforme instituído pela Lei Nº 13.309 em 6 de julho de 2016.
O marco pretende conscientizar a sociedade da importância desse ato capaz de salvar vidas, uma vez que, geralmente, o cordão e o seu sangue são descartados após o parto.
A ação tem como seu principal centro de apoio a Rede Brasil Cord, que conta com 15 bancos públicos próprios para receber as doações e aproveitar ao máximo o que o cordão umbilical tem a oferecer.
Por que é importante doar o cordão umbilical?
A importância de doação do cordão umbilical está, sobretudo, na riqueza do sangue contido nele.
O sangue do cordão umbilical — ou SCUB — é rico em células-tronco hematopoéticas, que são capazes de se modificarem transformando-se em outros tipos de células, como componentes do tecido sanguíneo ou do sistema imunológico, sendo alternativas cruciais para o transplante de medula óssea.
O SCUB, portanto, é muito útil para o tratamento de diversas doenças graves, como problemas imunológicos e onco-hematológicos que por muito tempo só eram tratados por meio do transplante medula óssea tradicional — processo complicado por conta da necessidade de compatibilidade com o doador.
Já o sangue do cordão, além de estar imediatamente disponível para uso, aparece como uma possibilidade muito eficiente de sanar este tipo de problema ao ser facilmente manipulável e não precisar ser 100% compatível com o receptor, diminuindo consideravelmente o risco de rejeição por parte do organismo.
Como funciona o processo de doação do cordão umbilical?
O processo de autorização para a doação do cordão umbilical é muito simples, ocorrendo antes mesmo de fases mais avançadas do trabalho de parto. Basta a confirmação do desejo de realizar a ação por parte da mãe durante a tradicional entrevista feita de internação para a realização do parto.
Nesse questionário, também serão perguntados sobre os antecedentes clínicos e problemas de saúde gerais das famílias do pai e da mãe do bebê, informações necessárias para saber a aptidão para a doação que se deseja fazer.
Com a confirmação por parte da mãe e a entrevista concluída, o próximo passo é a retirada do sangue do cordão umbilical logo após o nascimento da criança, ainda enquanto recebe os primeiros cuidados de saúde e higienização pós-parto e a placenta está saindo do útero materno.
Após a retirada do SCUB, ele passará — assim como o sangue da mãe — por testes para verificar a presença de possíveis doenças infecciosas, bem como outras avaliações que indicarão o potencial de uso daquela amostra específica para uma futura doação. Finalizando os testes, ocorre ainda a determinação da tipagem de compatibilidade para transplantes antes do sangue ser congelado.
Por que é importante promover a doação de cordões umbilicais?
A promoção do Dia Nacional da Doação de Cordão Umbilical é muito importante, inicialmente, porque reforça a grande possibilidade de salvar uma vida com uma doação que não afetará em nada a saúde da mãe ou do bebê.
Mas é preciso reforçar a ideia para garantir um maior volume de doações, já que, por maior que seja o potencial do SCUB, o volume de sangue retirado por cada cordão é baixo.
Por conta disso, o número de células-tronco que podem ser obtidas também são relativamente limitadas, estabelecendo que exista um limite de peso (sendo entre 50 kg e 60 kg) para o paciente que irá receber as células de um cordão.
A solução para pacientes de maior peso é contar com dois cordões no tratamento, o que pode ser difícil de se conseguir ao considerar a necessidade — mesmo que parcial — de compatibilidade com o organismo.
Agora você sabe tudo o que precisa sobre o Dia Nacional da Doação de Cordão Umbilical! Fique à vontade não somente para conferir o post sempre que quiser para tirar dúvidas, como para compartilhar com amigos e familiares sobre a importância dessa escolha que pode salvar a vida de muitas pessoas, sem trazer prejuízo algum para mães e bebês.
Aproveite para ver no blog, também, mais informações sobre como ter um puerpério mais tranquilo, tendo a devida recuperação após todo o processo da gravidez e o parto.
Até lá!