A introdução alimentar, também conhecida como IA, é um dos momentos mais importantes — e aguardados — da fase de desenvolvimento infantil. Mas muitas dúvidas surgem quando precisamos introduzir os alimentos sólidos na dieta do bebê.
Para te ajudar, preparamos esse guia completo para você entender como começar, quais são os sinais de prontidão e quais comidas oferecer de mês a mês.
Continue a leitura e confira!
O que é introdução alimentar?
A introdução alimentar é o período no qual os bebês começam a receber alimentos complementares ao leite materno.
Segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação deve ser a única fonte de sustento até os 6 meses de vida.
O leite materno contém todos os nutrientes necessários para a sustentação dos bebês, sem necessidade de complementação — nem mesmo com outros líquidos.
Quais os sinais de prontidão para a introdução alimentar?
Afinal, como saber que os bebês estão prontos para a introdução alimentar? A partir dos sinais de prontidão! Após os 6 meses, fique atenta às seguintes demonstrações:
- O bebê está mais firme e consegue se sentar sozinho, praticamente sem apoio;
- O bebê leva objetos à boca, como mordedores e panos;
- O pequeno demonstra interesse pelos alimentos quando há pessoas comendo a sua volta;
- O reflexo de protrusão da língua (colocar a língua para fora) diminuiu;
- O neném já consegue segurar alguns objetos com as mãos;
- O bebê tem controle dos movimentos da boca e faz movimentos de mastigação.
Notou que o seu bebê está dando esses sinais? Então, está na hora de começar a introdução alimentar! Continue a leitura dos próximos tópicos para saber como começar!
Como fazer a introdução alimentar?
O primeiro ponto é lembrar que a IA não deve ser forçada. A introdução dos alimentos complementares ao leite materno deve acontecer de maneira gradativa, de preferência com comidas orgânicas.
Veja 8 passos de como fazer a introdução de forma saudável:
1. Verifique os sinais de prontidão
Como vimos no tópico anterior, os bebês dão indícios de quando estão prontos para experimentar outras comidas além do leite materno.
É importante respeitar os sinais de prontidão para evitar acidentes, como os engasgos, e a aversão por alimentos que os bebês não estão prontos para mastigar ou digerir.
2. Ofereça alimentos variados
Para que o bebê se familiarize com diferentes texturas e gostos, é importante que você ofereça alimentos orgânicos diversificados para os pequenos.
As frutas fáceis de amassar, como a banana e o mamão, costumam ter mais aceitação nos primeiros meses por conta da textura macia, e do gostinho adocicado.
Para que o bebê reconheça as texturas e consiga distinguir os sabores, evite bater as comidas no liquidificador. Apesar do processo deixar os alimentos mais “fáceis de engolir”, ele pode transformar as comidas sólidas em uma mistura muito fina e desagradável para o paladar dos bebês.
3. Não tenha pressa
A introdução alimentar deve acontecer de forma gradual e com calma. Querer que o bebê coma tudo de uma vez atrapalha a fase de desenvolvimento, e pode gerar aversão por alguns alimentos.
No momento da IA, é importante ter empatia e muita paciência com o seu pequeno e entender que a introdução alimentar é um período de experimentação e muito aprendizado, tanto para os bebês quanto para os pais.
4. Faça o acompanhamento com o pediatra
Durante a introdução alimentar, é imprescindível que você faça o acompanhamento com o pediatra para que ele dê as orientações necessárias para esse período.
Se perceber que o seu bebê está dando os primeiros sinais de prontidão, você pode marcar uma consulta para tirar as suas dúvidas sobre o processo e entender se aquele é realmente o momento adequado para a introdução de alimentos sólidos.
5. Pesquise as informações nutricionais dos alimentos
Para que o seu bebê se desenvolva de forma saudável, ofereça alimentos ricos em vitaminas e minerais. Evite produtos industrializados, ultraprocessados, com alto teor de sódio, açúcar ou conservantes.
Durante os primeiros meses, prefira dar frutas, legumes e sempre cheque os valores nutricionais dos alimentos antes de introduzi-los na dieta do bebê.
6. Crie uma rotina alimentar
Da mesma forma que a amamentação acontece em períodos determinados, é importante criar uma rotina alimentar para que o bebê se acostume com os horários e com o próprio hábito de comer.
Lembrando que, no início, os alimentos são introduzidos como complementos ao leite materno, então, não pare de amamentar de forma abrupta! Assim como a IA, o processo de desmame também deve acontecer de forma gradual.
7. Ensine dando o exemplo
Principalmente nos primeiros meses de vida, os bebês aprendem muito observando as pessoas ao seu redor. E, como vimos, um dos sinais de prontidão é o bebê demonstrar interesse nos alimentos que os pais estão consumindo.
Por isso, durante a IA, é importante que os adultos também passem a comer alimentos saudáveis perto do bebê para estimular a curiosidade e demonstrar que uma rotina alimentar equilibrada é possível.
8. Tenha cuidado extra com alguns alimentos
Para evitar acidentes e intoxicações alimentares, tenha cuidado com alguns alimentos. Por exemplo, se você oferecer ovos, se certifique de que eles estão bem cozidos. Legumes mais firmes como cenoura e batata devem ser pré-cozidos anteriormente para facilitar a mastigação.
Tome cuidado com frutas com caroço e sementes para que o bebê não engasgue. Ah, e não se esqueça de verificar se o seu filho não tem nenhuma alergia alimentar.
Opções de comidas sólidas mês a mês
Agora que você já sabe como fazer a introdução alimentar, confira uma lista de comidas sólidas que podem ser introduzidas, conforme os meses de vida do bebê:
4 a 6 meses
Os bebês de até 6 meses devem se alimentar exclusivamente com leite materno, já que ele contém todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável dos pequenos.
Em casos em que a mãe não pode amamentar, as fórmulas infantis podem ser usadas como substituto ou complemento. No entanto, é imprescindível consultar o pediatra para que ele oriente a melhor solução. Lembrando que outros tipos de leite, como o de vaca ou de amêndoas não podem substituir o materno e são indicados apenas acima dos 12 meses.
6 a 8 meses
Comece pelas frutas e vegetais e vá introduzindo os outros grupos alimentares (proteínas, hortaliças) gradualmente. Ideias de comidas sólidas para bebês de 6 a 8 meses são: brócolis, couve-flor, abobrinha e cenoura cozida, além de pedacinhos de pera, maçã, banana e mamão amassados. Lembre-se de deixar a comida esfriar antes de oferecer ao bebê e manter a variedade de texturas e sabores.
8 a 10 meses
Durante esse período, é interessante oferecer a maior variedade de texturas e gostos para o seu bebê experimentar e ir se familiarizando com os diferentes sabores. Pedacinhos de carne, peixe, ovos cozidos, feijão e outras proteínas são ótimas para essa fase. Além disso, experimente oferecer comidas que possuem amido, como: batatas, arroz, pães, etc.
10 a 12 meses
A partir dos 10 meses, os bebês podem ter uma rotina de 3 refeições diárias — café da manhã, almoço e lanchinho da tarde — com alimentos sólidos, em complemento à alimentação com o leite materno. Se possível, coloque o bebê para comer com a família para que ele desenvolva uma rotina alimentar organizada. As dicas de comidas sólidas para essa fase são:
- Pedaços de frutas cortadas;
- Pequenas fatias de queijos;
- Vegetais crus e cozidos;
- Pedacinhos de carnes, peixes e ovos.
Lembrando que a adição de sal e açúcar não é necessária nesses primeiros meses e a amamentação deve continuar até quando for necessário para o desenvolvimento do bebê.
O mais importante é ter calma e fazer a introdução alimentar gradualmente. Você vai ver que esse momento é cheio de novidades e experiências, tanto para o bebê, quanto para os pais!
E para tirar as suas dúvidas sobre os momentos pós-gravidez, veja como ter um puerpério mais tranquilo.
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Até o próximo post!
2 comentários em “Guia da introdução alimentar: como fazer? Quais alimentos oferecer?”